MOSTRA DE

VIDEOCIRCO

20 de abril

20h

Pensar videocirco é pensar outra maneira de criação artística com circo. Diferentemente de apenas produzir um registro em vídeo de uma criação circense, o videocirco busca o diálogo entre esses: o circo e o audiovisual, buscando uma gestualidade híbrida. Pensar videocirco é pensar a criação a partir desta outra espacialidade, da utilização da câmera como extensão do corpo, como um elemento da composição, é pensar nas visualidades, nos tempos e espaços possíveis, na edição como ferramenta coreográfica, e outras tantas possibilidades de diálogo.

Para explorar essas possibilidades, o FECICO estabeleceu cinco grupos de trabalho compostos por artistas e equipe audiovisual, criando então obras inéditas especialmente para o festival.

A estreia dessas criações tem data marcada aqui no FECICO, dia 20 de abril as 20h.

ASPECTO IN

Este videocirco é uma parceria entre o festival FECICO e os artistes Carol Martins e Guilherme Gonçalves. Este trabalho aborda questões de gênero entrelaçadas com a linguagem do circo e da performance.
O videocirco “aspecto IN” é o experimento de um corpo-identidade não-binário, o lugar corpo entre masculinização e efeminação. O desconhecido do aspecto in, uma performance circense que pretende evidenciar um corpo-movimento que olhando para dentro transborda para fora. Um corpo em fuga da cisnormatividade, embora muitas vezes definida como ambiguidade ou ambivalência, não é uma dubiedade ou indefinição. A imaterialidade de gênero pesquisada neste trabalho vem com o constructo e a vivência desta experiência.

FICHA TÉCNICA

Direção: Carol Martins
Performance: Guilherme Gonçalves
Pesquisa de Figurino e Maquiagem: Carol Martins e Guilherme Gonçalves Execução de Figurino e Maquiagem: Guilherme Gonçalves
Confecção de perna de pau: Guilherme Olguim

ASCENSÃO

Este vídeo tem como tema de interesse a investigação de algumas camadas do que podem ser universos femininos. Tendo como mote principal a circularidade do bambolê e no fato de que o entendemos como um símbolo da vida, e do feminino como estrutura fundante desta vida, percorremos por uma busca de outros símbolos e signos que também dialogassem com este mesmo interesse. Chegamos com isso a imagem da árvore da vida como representação desses elementos de circularidade, de feminino, de ciclos e de ascensão. A partir disso o vídeo se destina a compor uma narrativa não linear, mas que evoca alguns episódios desde uma atmosfera mais sombria com a natureza, que revela uma ligação investigativa com a ancestralidade da mulher, passando e questionando as visões mais espetacularizadas e exotizada dos imaginários coletivos até uma abordagem que questiona e evidencia as violências e distanciamentos da complexidade do ser mulher em nosso tempo.

“Acredito que nesse vídeocirco a nossa abordagem estética vai apresentar distintas camadas do que podem ser esses universos femininos, e que o experimental recebe um tempero de sutileza e força, que neste caso, só podem ser evocados pelas vivências múltiplas que Natália e Camila trouxeram para alimentar o processo de criação”.
“Com esta fragmentação episódica, acreditamos que o espectador possar encontrar brechas que disparem leituras múltiplas, para adentrar esses universos propostos”.

FICHA TÉCNICA

Direção e roteiro: Daniel Aires
Elenco: Umbigo de Bruxa – Camila Matzenauer e Natália Dolwitsch
Maquiagem: Tatiana Goldberg

O QUE FAZ A RODA GIRAR

Acordar, tomar café, ler as notícias… o mundo segue girando.
O que move a roda do mundo? estaríamos aprisionados em confortáveis círculos viciosos? E essa eterna sensação de precisar ir embora?
Esse fazer e desfazer de malas infinito nos convida a abraçar o caos, fazer as pazes com ele na possibilidade de fabricar novas rodas, novas formas de girar.
Giremos!

FICHA TÉCNICA

Direção: Guadalupe Casal
Performers: Paolla Ollitsak e Joaquin Vivas
Maquiagem e caracterização: Juliane Senna
Participação especial: Caetano Wurlitzer Acuña

O QUE HÁ EM NÓS

No exercício de olhar ao redor, capturamos o que vem de dentro. De quantos nós somos feitos? Qual a trama que envolve teus anseios? Que linha meu pensamento segue nesse enrosco de ideias? “O que há em nós” propõe uma composição que parte de um jogo despretensioso de palavras para experimentar no corpo possíveis linhas de movimentos que se cruzam, sejam elas livres de significado, sejam elas provocadoras de sensações. Uma investigação com circo, dança e vídeo que busca costurar as partes, emaranhar as fronteiras e conectar o espectador com um universo curioso de muita imaginação.

FICHA TÉCNICA

Direção: Fernanda Bertoncello Boff
Criação e interpretação: Agatha Andriola
Maquiagem: Tatiana Goldberg

PELAS MÃOS

Nos ensaios a visão que está em jogo é a dos artistas. Pelos olhos dos artistas o espaço é mapeado e o movimento se realiza. Os olhos procuram as mãos que se apoiam no chão, procuram os pés, procuram as linhas que percorrem o corpo ligando todas suas partes. São essas linhas que traçam uma conversa entre um extremo e outro do corpo para, assim, realizar uma parada de mão. Pelas mãos se busca o apoio no solo, pelas mãos uma caminhada acontece e, é por essas mesmas mãos, perseguidas pelo olhar, que se desenha o espaço cênico do circo contemporâneo. Seja no solo, no ar, em contato com objetos, em movimento ou em pausa.

FICHA TÉCNICA

Artistas: Daniel Cavalheiro, Psico (Alfredo Bermudez) e Zeca Padilha
Direção: Wagner Ferraz
Direção do set de filmagem: Gabriel Martins
Maquiagem: Tatiana Goldberg

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